sábado, 16 de maio de 2015

QUESTÃO DE ESCOLHAS


Hoje levantei ao acordar da aurora pensando no que tenho a fazer antes que o relógio cumprimente o 7 e 12, é minha opção escolher que tipo de dia vou ter hoje.
E???
Escolhi permanecer de bem com a vida, quanto aos percalços irei encontrar uma forma de driblar e não me “estressionar” como se expressa a nega Maluca, digo estressar.
Posso reclamar porque acordei cedo demais queria ficar mais uma horinha na cama.
Posso ficar decepcionada porque o vestido, sandália ou qualquer outro desejo que eu quero estava fora do meu orçamento.
Posso estremecer porque minhas taxas estão fora dos parâmetros, mas agradeço a Deus porque posso reverter esse quadro.
Posso embaralhar as ideias porque não consigo escrever com desenvoltura meu artigo científico ou ler mais e tentar mais tarde.
Posso lamentar as decepções com as pessoas do meu convívio e agradecer a oportunidade de crescer porque os seus defeitos podem me fazer uma pessoa diferente e suas virtudes ser um exemplo para que eu reveja conceitos.
Posso me queixar dos meus colegas de trabalho porque não concluíram as atividades em tempo hábil e atrasaram o contexto ou amanhã é um outro dia.
Posso analisar as leis e classificá-las quanto aos conceitos vou escolher Lei Substantiva e Lei adjetiva, não, somente Lei ou interpretá-la a minha maneira.
Ops! Sou incompetente para tal e escolho que lei é para ser executada não discutida...  
Quanta pretensão hem? Para isso abuso das considerações, dos embasamentos, dos conectivos e de outros artifícios que a Lei permite e assim...
E assim vou escolher que tenho que seguir direitos e cumprir deveres.
As coisas não são como eu quero, é como é, agradeço porque amanhã posso fazer diferente.
Eis-me aqui como poetisa e posso garatujar como eu quiser, posso dar cor ao que eu quiser, posso deixar a manteiga azul da cor do céu, o suco verde da cor do mar, o café como o manto negro e assim vou...
Escolher, escolher... Basta escolher.

E a melhor ou pior escolha depende da minha pessoa.

domingo, 10 de maio de 2015






MÃE É AQUELA QUE TEM LAÇOS DE SANGUE E/OU DE AMOR


Sinto meu coração perto de mim
Sensação que nunca senti antes
Sinto meu coração palpitando
Acordo com bafo quente e suave
Os sentidos em alerta
Sentimento de liberdade
Ideias não concatenadas
Sem análise nem reflexão
Acordo e tenho consciência que sou mãe.

Tenho três presentes de valor imensurável
 “Ofertado como agradecimento ou retribuição”
Assim ratifica o dicionário.

Sinto-me um ser agraciado porque tenho confiança
Que há mãos que se estendem como versa em Eclesiastes:
Melhor é ser dois do que um...
Porque se um cair o outro levanta o seu companheiro...
E o cordão de três dobras não se quebra tão depressa”.

O que sou sem Jesus, meu baluarte?
Um ser insignificante.
O que sou sem pessoas que amo?
Um ser insignificante.
O que sou sem princípios e valores?
Um ser insignificante.
E como ratifica Corinto: 
“E ainda que tivesse o dom de profecia, 
E conhecesse todos os mistérios e toda a ciência,
E ainda que tivesse toda fé, 
De maneira tal que transportasse os montes, 
E não tivesse amor, nada seria”.
E sim, um ser insignificante.

Mãe não é aquela que dar a luz, é aquela que te beija, abraça e acalenta...
Mãe é aquela que fala com voz suave e também grita.
Mãe é aquela que fala a verdade e também desagrada.
Mãe é aquela que erra com o intuito de acertar.
Mãe é todo dia, o dia todo.
Mãe é aquela que tem laços de sangue e/ou de amor.

Mas, eu tenho um trio de amor que me torna uma rocha
Porque não comprei um manual que me indicasse as instruções.
Eu tenho o maior orgulho de ser MÃE de: 
Gilmar Anderson, Glaydson Emmanuel e Luann Allan.

E vou usar do artifício da escrita de Cora Coralina:
O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada.
Caminhando e semeando, no fim terás o que colher”

Você é mãe de amor, de coração, de atitudes... Que importa o nome?
É MÃE.
MÃE.
MAMÃE.
MÃEZINHA.

MAINHA.

sexta-feira, 1 de maio de 2015

SONHADORES E TRABALHADORES



Povo protagonista
Tipo malabarista
Também equilibrista
No mundo mais um artista.

Na aurora idealista
Ao amanhecer conquista
À tarde otimista
À noite semanticista.

Não oportunista
Não anarquista
Trabalhador ativista
Essência de grevista.

Não somos parvos
No auge do frio ou calor
Cheiramos cravos
Vivemos em pavor.

Sangue no malar
Aconselhado nunca falar
Jamais mudar
Amestrados para calar.

Grevista celeste
Calor no nordeste
Do sul ao sudeste
De norte a leste.



Não usamos trança
Não fizemos aliança
Nem proposta de desesperança
Somos protótipos da esperança.

Não precisamos de aquiescência
Não temos pendência
Nem acompanhamos tendência
Não vivemos de aparência.

A greve, e seus norteadores
Tanto produzem: vencedores,
Perseguidos, escritores...
Este poema; outros sonhadores.

Greve é negociável
Direito é inviolável
Batalha é inevitável
Grevista é inelutável.


Não somos almocreve
Nem da família de sapo-leve
Ora leve-leve, ora pé-leve
Só cidadão participando de greve.

O caminho é a greve
O meio é a greve
O fim é a greve
Neste âmbito greve.


Somos sofredores
Apenas trabalhadores
Eternos lutadores
E no contexto historiadores.



Referências:


Significados:

Almocreve – pessoa que conduz bestas de carga
Amestrado – ensinado, doutrinado, instruído, adestrado,
Inelutável – invencível
Leve-leve –  sem pressa 
Malar – relativo ou pertencente aos lados da face ou da cabeça
Pé-leve – indivíduo que anda depressa
Protótipo – modelo
Sapo-leve – milhafre – gênero de ave de rapina

Semanticista – pessoa especializada em semântica