OBSCURANTISMO
Como mestranda estava lendo sobre interdisciplinaridade
para fazer um artigo científico, dificuldade enorme para desenvolver o assunto,
mas como gosto de garatujar, não sei o porquê, sai do foco e comecei a devanear
sobre interação entre o falar, o pensar e o calcular, não perdi a oportunidade
de colocar no papel, digo no teclado.
E aí comecei
a escrever sem nexo, e aí? Diálogo
prospectivo prepara para
aprendizagem, estabelecendo apenas um ponto de vista inicial, clarificando o
problema sem recorrer a intervenções encorajando a participação.
No diálogo crítico, questionam-se hipóteses, elaboram,
argumentam na construção do saber.
No diálogo reflexivo os participantes procuram integrar e
generalizar argumentos aceites, de qual ponto de vista? Certo? Errado? Errado? Certo? Certo ou errado? Certo e errado?
Sei que nada sei, concordo com o filósofo em gênero, número e grau.
E qual diálogo
usa quando não há respeito?
Tece comentário de
forma agressiva, insulta, agride, pragueja a favor do contra?
Essa
intolerância a respeito do pensar do outro eu faço questão de deixar registrada
e reiterar que respeito gera respeito. E quando eu quero respeito? E você
quando quer respeito? Que tal ser adepto do Profeta Gentileza?
Tem pessoas que
são serpentes, mas tem o encanto da sereia, essas são perigosíssimas porque
ludibria o outro e com a palavra modifica o cenário a seu favor.
E você que é um
ser pensante não está na hora de rever conceitos, linguagem, forma de agir e
rever a sua postura e permitir um novo olhar, um novo conceito?
Que tal você
gravar o seu desequilíbrio e repensar sua forma de atuar?
Postar-se diante
do espelho e procurar técnica de como conquistar um adepto com propostas
fundamentadas, tipo – uma pessoa que transmite discurso com clareza porque sabe
o valor de seu peixe e o vende com o selo de qualidade.
Esse é o perfil
de um político nato que nós conhecemos e qual a máscara que ele apresenta? Vai
ao armário e tira a que melhor o representa: encantador, pseudodemocrático,
tolerante, risonho... E as suas verdadeiras facetas que é agressivo, mesquinho,
intolerante, impaciente... Ah! Esta fica a sete chaves para usar quando
realmente é necessária.
Não seja adepto
de um conflito sectário, porque não chegarás a lugar nenhum, nem o teu
representante.
Saiba ser o
mercador que oferta o melhor e não aquele quanto pior melhor.
Esperas a
decolagem de seu voo para qualquer região aproveitas para fazer uma análise sobre
as ofensas, críticas que estão arraigados no teu discurso e converta a intolerância,
a crítica ofensiva em propostas concernente ao momento.
Enquanto
aguardamos que o tempo nos permita decolar para o paraíso, vejo com espanto
como os distúrbios eleitorais instantâneos podem alimentar a intolerância de uns
tipos de pessoas que se consideram supra-sumo da democracia – nega às outras
pessoas o direito de opinar adverso de seu ponto de vista.
E você se acha cidadão democrático? Ou a
democracia depende de qual lado você está, então você é um oportunista, ou o
outro é oportunista?
É aquele que não
quer saber mais nada.
Não quer ouvir
explicação sobre nenhuma proposta polêmica. É um direito dele. Estamos em um
país que predomina a democracia.
E você porque insulta
quem pensa de forma diferente, ofende quem se dá o direito de ir e vir? Será
que a sua intolerância é o reflexo do seu egoísmo?
Além dos
diálogos prospectivo,
crítico e reflexivo, reinvente um outro conceito de diálogo, pode até ser uma
tese.
E não posso
parar de questionar?
Qual o vírus, a
bactéria que se instala no homem que chega ao topo?
Por que o indivíduo
novo, velho, jovem ou idoso sempre quer se perpetuar no poder?
E você? Com o
discurso da pseudodemocracia, da mudança, do novo é somente um sujeito que prolifera
o obscurantismo.
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