Esta é a fala de muitos
trabalhadores. Pagar UM POR CENTO? Muito alto...
Observe a discrepância,
quando recebe CINCO POR CENTO é muito pouco...
Então vamos pagar UM POR CENTO, por uma causa maior: nossa
categoria.
E esse pouco – cinco por
cento – é muito suado, porque muitos vão
para berlinda, escanteio, sindicância, processo administrativo disciplinar...
Esse parágrafo é fora do
contexto? Não. Esse é o olhar de muitos trabalhadores que seguem a trilha
conduzida pela mídia que faz uma batalha de desinformação e contra informação
sobre os sindicatos, movimentos sociais, lutas coletivas.
Somos de certa forma dominados
pelo "vale quanto pesa", porque estamos no auge da era do consumismo,
na degradação dos valores solidários e construtivos, perdas de princípios e
valores e ainda fazem a apologia à meritocracia, ao individualismo, ao egoísmo,
a ambição desmedida, à competição.
Eu sou autossuficiente! Eu
me basto! Eu resolvo! Eu posso! E outros mais...
A mídia e os empregadores
fazem tudo para destruir a história e a memória das lutas sociais para
conquistar direitos e proliferam visões que denigrem as pessoas que lutam por
direito da maioria.
Participa de sindicato?
Hum! Olha com outro olhar.
- Baderneiro, anarquista e
outros adjetivos pejorativos.
Quanto preconceito!
Os sindicatos surgiram com
o término da escravidão, e com eles os direitos trabalhistas.
Nossos direitos – emprego,
salário, previdência, plano de saúde, e tantos outros direitos garantidos - que
eu tanto me orgulho foi concedido por um preço altíssimo de sangue e suor de
pessoas que acreditavam em uma vida digna para os trabalhadores, desde o início
do século XIX.
A luta por qualidade de
vida, redução da jornada de trabalho, flexibilização de jornada encontram-se
alguns fragmentos escritos acerca de 150 anos, porque queimavam, jogavam fora
qualquer papel que fizesse alusão aos direitos ou com as pessoas que puxavam o
movimento.
Quando não havia
sindicatos, nem direitos trabalhistas, era o patrão quem decidia o preço da
força de trabalho e a duração da jornada, no Brasil, isso só foi garantido por lei em 1932.
A produtividade do
trabalhador não passava de 25 anos de trabalho, viravam bagaços humanos nas
engrenagens das fábricas.
“Tempos Modernos” filme
antigo e atual retrata a vivência da classe trabalhadora.
Essas conquistas foram à
custa de muitas greves, mobilizações de massas, sofrendo repressões violentas,
torturas, prisões, desaparecimentos, mortes horripilantes como as das operárias
queimadas vivas numa fábrica de Chicago, nos Estados Unidos.
E, conquistas no Brasil? O
13º salário foi conquistado após grandes greves, confrontos sangrentos, desde
1953, em São Paulo, e só foi reconhecido em lei em 1962, no governo Goulart,
após década de lutas e sofrimentos.
Nada para os trabalhadores
vem de mãos beijadas dos patrões, nem porque Deus permite – o primeiro
crucificado foi Jesus, o maior militante de todos os tempos, e sua vida de
mártir representada em pleno século XXI.
Então diante da história
só temos um benefício se a categoria resistir, organizar, lutar e se mobilizar
coletivamente, aí sim, garantimos conquistas e direitos.
A história conta e prova
que os sindicatos têm importante participação nos direitos em nosso país veja
alguns deles: conquista da democracia, direitos sociais, liberdade, conquista
da CLT, isso e muito mais fruto das lutas dos que sonhavam com um mundo
diferenciado para seus descendentes.
Foi a luta dos sindicatos
do serviço público que conquistou o fim do “feudalismo” no serviço público,
enfrentando o nepotismo, compadrismo, patrimonialismo, voto cabresto e
garantindo nas lutas os concursos públicos democráticos com irrestrito acesso,
planos de carreiras para permanência e ascensão profissional, luta por data
base de negociação salarial, mesas de negociação de direitos permanentes, a
proliferação das ilegais PEC's que são votadas sem o conhecimento da
população, mas o sindicato levanta a bandeira, informa e está lá na frente
tentando garantir nossos direitos.
Vale salientar que não
estamos indo para a terra prometida que caía manjar do céu, nossos pequenos
direitos conquistados são frutos do sangue, suor de nossos colegas militantes.
Estamos em pleno século
XXI e – nós, servidores públicos, pegamos carona na norma CLT.
Nos – militantes públicos –
não temos normativos próprios seguimos a
trilha do sindicato privado.
Todas nossas conquistas é
fruto de lutas.
Lutando é difícil, e sem luta?
Portanto, caros companheiros de jornada, somos nós, os
sindicalizados que sustentam a entidade.
Destarte, faz-se
necessário a contribuição assistencial que visa garantir recursos para as
despesas da campanha salarial, como cálculos e acompanhamentos estatísticos e
socioeconômicos, assessoria jurídica, produção de boletins, viagens para
negociações, materiais, jornais, publicações de editais, informações, água,
luz, telefone, etc.
O sindicato é o mecanismo
de combate de classe, só a luta coletiva faz frear e afastar o retrocesso quanto
aos direitos dos trabalhadores, e só o sindicato para pleitear nossa
racionalização.
EM FALAR NISSO VALE
SALIENTAR A RACIONALIZAÇÃO DE ALGUNS SERVIDORES TÉCNICOS-ADMINISTRATIVOS EM
EDUCAÇÃO DAS CLASSES, A, B e C QUE PERDERAM STATUS, PORQUE ATÉ HOJE NÃO HÁ
DEFINIÇÃO.
SOS SINDICATO EM PROL DA
NOSSA CAUSA!
FILIAR-SE AO
SINDICATO, POR QUÊ?
Porque
o sindicato é o agrupamento estável de várias pessoas de uma categoria, que
convencionam colocar, por meio de uma organização interna, suas atividades e
parte de seus recursos em comum, para assegurar a defesa e a representação da
categoria.
É constituído de
representação legal constitucional, artigo 8º, inciso III, da Constituição
Federal.
Ainda na normativo versa
que não é obrigado a filiar-se ou manter-se filiado ao Sindicato.
Mas ele ainda amplia que
"Ao Sindicato cabe a defesa dos interesses coletivos ou individuais da
categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas".
Esse mecanismo assegurada
ao sindicato, de per si,
está indicando a necessidade da filiação de todos os trabalhadores à respectiva
entidade sindical, para lhe dar autêntica representatividade na postulação de
medidas que visem atender aos interesses coletivos e/ou individuais dos
integrantes da categoria.
Agora observe a
divergência do mesmo normativo: No artigo 8ª dispõe em seu inciso VI: "é
obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de
trabalho".
Entende-se, mas vamos
tentar esclarecer que essas negociações e seus resultados interessam direta e
indiretamente tanto a categoria quanto aos "patrões".
Servidor público não tem
patrão, mas nós somos trabalhadores temos que nos articular, nos filiar e
emprestar-lhe todo o nosso apoio, porque quando eu sou sindicalizada eu
contribuo com o fortalecimento da nossa categoria.
Analise, pense e junte-se
a nós!
Juntos somos muito mais...