É melhor sorrir que chorar
O sorriso é salutar
Como carta de apresentação.
Para compor um forró com molejo
Faz-se necessário traquejo
Senão é forró sem atração.
É tipo dançar com perna de pau
Por quê?
A pessoa tem que
ser
Mais do que um rosto bonito
Mais que um corpo perfeito
Mais que possuir dinheiro...
Mas que tenha borogodó.
Um quê que chama
Um hormônio que exala
O odor que seduz
Além da pele
Para querer e desejar
Não somente fascinação.
Forró é o eu da alma
Frenesi que não se acalma
E que acorda a tentação.
Porque o forró pode
até ser ordinário
Assim afirma o dicionário
Mas não deixa o ser
solitário
E o corpo a corpo sem noção;
A vida é passageira
Um trem, um barco, um passo...
Enquanto o forró é
a continuidade
Do destino na
contramão.
Embora haja tantos desencontros
Há sempre alguém a sua espera
Com os olhos brilhantes
A boca com um sorriso.
Uma nota, um som, um tom
Como a melodia de um forró.
Que alegra qualquer coração.
Que alegra qualquer coração.
Uma nota musical
Que não segue o ritual
E acorda a emoção.
O forró nasceu no nordeste
Ele é branco no poema
Ele é preto na poesia
Ele é amarelo na alegria
Ele é indígena na essência
Ele é remelexo em qualquer etnia
Simplesmente é da nação.
Eu Genuzi
Separo trigo do
joio
Ouvindo e dançando forró.
Com roupa de qualquer cor
Sem distinção.
Verde, amarelo,
Azul e branco
Dança e canta forró
Que nos alegra em qualquer estação;