As inúmeras operações são excelentes. Nada melhor do que uma Taturana, All in, Faro Fino, Carne Fraca,
Encruzilhada, Miragem, Mensalão, Satélite, Lava-jato,... E tantas outras que se
fosse listar seria uma enciclopédia...
Aff! Estas operações
nos dar a sensação de que a vida modifica, os conceitos se renovam, a História caminha e gente “importante” ainda
vai para a cadeia.
As operações nos lembram a utopia
de Ícaro: “que diante do imensidão do eu posso voar, nem sequer imaginou que o
sol derreteria as suas asas de cera” — por “asas de cera” se entenderia uma
época de operações, crise, terrorismo, guerra, instabilidade e pessoas que se
achavam blindadas estão vendo o sol quadrado e se enganaram como o personagem
da mitologia.
Hoje as operações são ao vivo e em cores, isto é, on-line, na internet, nos aparelhos eletrônicos e todos os “roubos” estão
expostos aos quatro cantos do mundo na velocidade da luz.
Deveria usar corrupção ou roubo?
Vamos esmiuçar: roubo sem dinheiro, sem advogado e sem uma palavra de
defesa.
Corrupto? Dinheiro sem limite, advogado que diferencia uma vírgula, um
conectivo, uma expressão e justifica o injustificável.
Corrupto? Ah! Eufemismo para
atenuar que os ladrões de gravatas roubaram o povo.
As operações nos permitem enxergar a verdade ou é o contrário de tudo o
que dizem os depoentes, testemunhas e réus. Posso até está equivocada, mas a
verdade está em tudo o que os políticos negam.
Com o desenrolar temos de tudo — uma exposição de palhaços, de bonecos,
de espantalhos, manequins de caras e bocas, falsos testemunhos e a poeira da
imoralidade escorrendo pelas brechas da lei.
Tantas operações meu Deus! E elas me ensinaram que a corrupção não está escrita na tábua de
Moisés.
- Ah! Não se engane porque o oitavo mandamento é um sinônimo da
corrupção, que não é divina.
Transcrevo dos
escritos de Boff, a frase de Lord Acton (1843-1902): ”o poder
tem a tendência a se corromper e o absoluto poder corrompe
absolutamente”. E acrescentava: ”meu dogma é a geral maldade dos homens
portadores de autoridade; são os que mais se corrompem”.
As operações acabam com os fins justificando os meios e nos ensinam que ninguém está blindado e que
há lados direito e esquerdo.
As operações nos ensinam a junção de marxismo-leninismo.
Hoje, 28 de abril não posso
deixar de citar o insight de Raul Seixas que previu “O dia que a Terra
parou”.
Voltando à terra.
- Ui! Estou falando coisa com coisa... Faz parte, são tantas
informações...
As operações nos ensinam que a revolução do país não pode ser de utopia
e nem de falta de respeito ao outro, tem de ter atitude e não de ruptura com os
normativos, porque vivemos em regime da democracia.
E agora José? Nossa Drummond tu és sábio!
A greve é um direito do trabalhador, assim está escrito:
Ainda na Carta Magna, Artigo 37, inciso
VII – o direito de greve será exercido
nos termos e nos limites definidos em lei específica.
A Constituição garante o direito de greve e o não desconto de salários.
Mas, o direito é perdido quando a greve é declarada ilegal, enquanto
isso...
A Lei Nº 7.783/89 que regulamenta o direito
a greve nunca foi editada, nem foi feito um outro normativo voltado aos
servidores públicos, portanto deve ser adotada as regras
da greve do regime privado, de acordo com
Art. 9, da CF/88.
A operação Lava Jato e/ou outra
qualquer não me tira o sono, nem da
minha família, e nem das pessoas do meu círculo de amizade. E, nós,
considerados os “não importantes” que vivemos no anonimato, abruptamente podemos ir às ruas e fazermos o
diferencial.
Não se engane porque não é tarefa
fácil vencer o sistema, mas o povo junto é invencível e escreve um novo capítulo que
percorre estradas novas e desconhecidas.
Aderir a greve é um ato individual e você
decide...
Falando nisso...
- Vamos à paralisação?
Referências: