Certamente ouvimos
essas frases várias vezes ao dia porque assistimos às propagandas
nos meios de comunicação, são as expressões
do momento:
- Evite deixar água estocada;
- Tampe os tonéis e caixas d'água;
- Mantenha as calhas sempre limpas;
- Deixe garrafas sempre viradas com
a boca para baixo;
- Mantenha lixeiras bem tampadas;
- Deixe ralos limpos e com
aplicação de tela;
- Limpe semanalmente ou preencha pratos
de vasos de plantas com areia...
E mais tome pelo
menos dois litros de água por dia.
Após tantas
orientações...
Faz-me rir, melhor
lamentar, porque há três semanas não chega uma gotícula de água nas torneiras da
minha e da casa dos vizinhos. Oh que desespero! O que vou fazer?
Óbvio estocar
água.
E o vizinho?
E o outro vizinho?
E o vizinho do
vizinho?
E o outro vizinho do
vizinho?...
Precisa falar?
Claro, estocar água.
Para complementar a situação não chove.
Sol inclemente.
Calor intolerante.
Outro problema seriíssimo, como beber dois litros de água, se nem sequer
sei a procedência, porque são dias e dias, e aqueles canos sem água.
Eu e muitos do bairro de Palmeira de Fora somos agraciados pelo beijo do
mosquito.
- Como estou?
Dores e um panorama sem cores,
Somente muitas dores e muitas sequelas.
Diante do contexto martela na minha mente: Evite água estocada...
Que água? Qual água? Água?
Água.
Vinte e oito de
janeiro, será que hoje chegará água? Estou com um balde para pegar na cisterna.
E agora? O tempo está
sem sol, nublado e um aspecto de como vai chover.
Olho o horizonte e
fico cheia de esperanças.