Quando se pronuncia no sentido denotativo beleza: característica, particularidade, caráter ou atributo do que é belo; expressão própria de belo; boniteza, encanto ou lindeza.
Belo
– que tem forma ou aparência agradável, perfeita, harmoniosa.
Na
classe gramatical: beleza – substantivo abstrato e belo – adjetivo.
E
quanto ao binômio beleza e belo? Múltiplos significados, e neste contexto o que
é belo ou beleza? Medida, quantidade, área? Quem é expert em belo? Qual o critério? Qual o conceito? Qual requisito? O que determina o “belo”? O
que denomina beleza?
Voltando
aos primórdios sob a óptica da Grécia que cultuava a beleza do corpo,
denominados deuses, seguindo a tríade história, religião e mitologia.
Os egípcios
seguiam os passos da política e da religião para apresentar a arte.
A
beleza tem conceito definido?
Em
pleno século XXI que conceito é da beleza?
Na mídia
é a perfeição definida pela sociedade que
exclui o não belo e tudo é questão do determinante modismo:
Retornando
a década de oitenta, era chamada Fafá do Nordeste, Paquita Erótica, sonhava em reduzir
os peitos e ser considerada bela para os padrões da época.
Eu,
Genuzi, hoje sou o protótipo da beleza: sou agraciada de fartos seios e estou
me sentindo a “TASSI”, estou na moda do século XXI.
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Diante do contexto não posso deixar de questionar, diante de tanta modernidade,
asseguraria o valor da diferença como atributo afirmativo para a construção de
uma identidade que não siga a risca os conceitos e estilos ditados pelo
modismo? Sonhamos com uma sociedade em
um tipo de regime igualitário, conviver com as peculiaridades, singularidades e
diferenças – formando os conceitos universais, de certa forma, retornando
àqueles antigos preconceitos e conceitos com este tipo de advento?
Quando
clicamos em qualquer um dos meios de comunicação estampa-se a exclusão, palavra
imperativa nos meios midiáticos.
E
pasmem a “beleza” é um dos critérios de maior exclusão em todos os mecanismos da
evolução da história, sobretudo em todos os segmentos sociais e culturais.
Idealizamos
o belo, e fazemos toda pirueta para encontrá-lo, e nesta trajetória
excluímos, ridicularizamos, diferenciamos, menosprezamos, desvalorizamos e
recusamos tudo e todos que não atinjam os padrões estipulados.
Falar
sobre o belo universal é excluir as singularidades
que compõe as diferenciações da vida na terra, é determinar a superioridade de
um estilo, de uma cor, de uma estatura, de uma raça, de um formato, de um
desenho planejado...
Quando
vejo e sinto que a beleza é subjetiva e perfeita?
Quando
olho para a feiura dos meus três filhos e vejo as maravilhas do mundo, porque eles
não têm belezas formatadas.
Eu
tenho uns belos que são construídos da essência do meu olhar que eu determino a
condição de belezas ímpares.
Gilmar
Anderson, um “anjo”.
Glaydson
Emmanuel, um “anjo”
Luann
Allan, um “anjo”.
No
olhar de um, os mais belos.
Em
um outro olhar, os mais feios.
Dicotomias
que deveriam, em pleno século XXI serem considerados obsoletos e,
portanto em desuso.
Infelizmente,
o que acontece é o contrário.
A
beleza é subjetiva e o que a compõe é o conjunto da obra.
Tenho
uma coleção de belezas ímpares: anjos perfeitos
Eu,
Genuzi não tenho filhos feios, tenho filhos belos, isto é de belezas diferentes.